A importância da EDUCAÇÃO AMBIENTAL


A Educação Ambiental (E.A.) é primordial e fundamental, pois a população precisa estar informada e sensibilizada quanto ao seu papel em sociedade.

Surgida oficialmente em 1970 nos Estados Unidos, a expressão environmental education (educação ambiental) tem como objetivo inicial propiciar um processo de formação dos cidadãos, buscando desenvolver habilidades e atitudes necessárias para compreender as relações entre o homem e a natureza. 

Para tanto, é de fundamental importância que o processo de educação ambiental seja entendido de maneira integrada e que o trabalho com a problemática ambiental não seja reduzido ao ensino ou à defesa da ecologia.

De acordo com Werle et al. (1995) é necessária a melhoria da percepção da realidade que nos envolve, que está repleta de gestos e atitudes, que quando percebidos podem ser modificados. Porém, essa percepção somente será possível com a conscientização de que estamos agredindo o entorno em que vivemos. 

A BUSCA POR UM NOVO COMPORTAMENTO

Porém, para que a educação ambiental possa atingir esse nível de conscientização, ela deve buscar um novo comportamento (individual e coletivo), devendo: 
Começar em casa, ganhar as praças e as ruas, atingir os bairros e periferias, evidenciar as peculiaridades regionais, apontando para o nacional e o global. Deve gerar conhecimento local sem perder de vista o global, precisa necessariamente revitalizar a pesquisa de campo, no sentido de uma participação pesquisante, que envolva pais, alunos, professores e comunidade. É um passo fundamental para a conquista da cidadania. (OLIVEIRA, 2000, p. 88).
ROMPER COM A TRADIÇÃO FRAGMENTADA E REDUCIONISTA

É fundamental ainda considerar que devido à extensão e complexidade do tema, deve ser adotada uma abordagem que rompa com a tradição fragmentada e reducionista, devendo, portanto, incorporar novos métodos multidisciplinares. 

Para complementar esta ideia, o autor citado, destaca ainda que:
A educação enquanto prática dialógica que objetiva o desenvolvimento da consciência crítica pela sociedade brasileira deve estar comprometida com uma abordagem da problemática ambiental que inter-relacione os aspectos sociais, econômicos, políticos, culturais, científicos, tecnológicos, ecológicos, legais e éticos (OLIVEIRA, 2000, p.85).
E.A. COMO EDUCAÇÃO POLÍTICA


Também é importante dizer que a educação ambiental é ainda uma educação política, pois ela reivindica e prepara os cidadãos para exigir justiça social, cidadania, autogestão e ética nas relações sociais e com a natureza.
Considerando que a educação ambiental surge e se consolida num momento histórico de grandes mudanças no mundo ela tende a questionar as opções políticas atuais e o próprio conceito de educação vigente exigindo-a, por princípio, ser criativa, inovadora e crítica (REIGOTA, 2006, p.10).
Portanto há de se considerar nos processos de educação ambiental, que estes sejam desenvolvidos com a participação da comunidade, devendo haver um incentivo, a todo o momento, para que o indivíduo participe ativamente da resolução dos problemas existentes em sua realidade específica. 

Desta maneira, os contextos possíveis para a prática da educação ambiental são os mais variados possíveis, incluindo, por exemplo, as escolas, os parques, as reservas ecológicas, as associações de bairro, os sindicatos, as universidades, os meios de comunicação de massa e outros, considerando-se em cada caso as características próprias e especificidades correspondentes. Sobre isto, Reigota (2006 p. 23-24) acrescenta que:
Nos parques e reservas ecológicas o enfoque é prioritariamente as espécies animais e vegetais que aí vivem e as suas interdependências. Nas associações de bairros analisam-se os problemas ambientais cotidianos e as suas possibilidades de solução. Nos sindicatos, as condições de trabalho, manuseio de produtos tóxicos, segurança e riscos são temas básicos dados. As universidades se dedicam à formação de profissionais que possam atuar nas diversas áreas do conhecimento, voltadas para o meio ambiente; entre elas as ciências mais técnicas, como a engenharia e as ciências mais reflexivas como a antropologia. Os meios de comunicação, por meio de debates, filmes, artigos enfocando os problemas ambientais, contribuem para a conscientização da população. A escola é um dos locais privilegiados para a realização da educação ambiental, desde que dê oportunidade à criatividade. 
O autor ainda destaca não haver limites de idade para os estudantes, devendo, no tocante à educação ambiental escolar, ser considerado que os conteúdos e metodologias adotados devem estar de acordo com as faixas etárias a que se destinam

PÚBLICO-ALVO DOS PROCESSOS DE E.A.

De acordo com Oliveira (2000) ao se construir projetos para desenvolver ações em educação ambiental é importante que estes sejam concebidos para três tipos de público alvo:
  1. Estudantes dos vários níveis de ensino (Educação Formal);
  2. Instituições que envolvem a sociedade civil, em comunidade (Educação Não-Formal);
  3. Pessoal técnico responsáveis para exercício em atividades de controle, preservação, conservação, fiscalização e educação para o meio ambiente, como suporte às ações de educação formal e não-formal (Capacitação).
Para concluir, resta-nos dizer que a questão que envolve a educação ambiental é muito mais complexa do que os poucos parágrafos que nos propusemos a escrever aqui. Porém, nas idéias fundamentadas pelos autores citados, pode-se perceber a importância e funcionalidade que este processo pode ter no desenvolvimento de uma sociedade muito mais sustentável. Também é interessante observar que a mudança de comportamento desejada, não ocorrerá de um dia para o outro, sendo ela resultado de um processo lento, porém gradativo e estimulado pelas informações que atingem os nossos sentidos

Cabe salientar ainda que todo cidadão, independente da área de atuação, pode agir como agente transformador da realidade se estiver realmente comprometido com as questões sociais e ambientais. (KINASZ, 2004).

Para isso, ele deve ser capaz de fornecer elementos conscientizadores que possibilitem através da sensibilização, provocar mudanças de postura diante da realidade de vida da população.


Crédito da foto: Green-Schools on Visual Hunting / CC BY-NC-SA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

KINASZ, T. R. Resíduos sólidos produzidos em alguns serviços de alimentação e nutrição nos municípios de Cuiabá e Várzea Grande-MT: fluxo da produção, destino final e a atuação do nutricionista no processo. Cuiabá, 2004. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Departamento de Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, 2004.

OLIVEIRA, E. M. de. Educação ambiental uma possível abordagem. 2. ed. Brasília: IBAMA,  2000.

PESSOAS, M. C. P. Y.; CHAIM, A. O que fazer com tanto lixo? In: Agir-Percepção da gestão ambiental. São Paulo: Editora Globo/Embrapa, 2004. (Coleção Educação ambiental para o desenvolvimento sustentável, 05).

REIGOTA, M. O que é educação ambiental. São Paulo: Brasiliense, 2006. (Coleção Primeiros Passos; 292).

WERLE, H. S.; LAZARETTI, I. e OLIVEIRA, B. de. Uma discussão preliminar da questão dos Resíduos Sólidos em Cuiabá e Várzea Grande: da Produção à Deposição. In: Revista Mato-grossense de Geografia. Cuiabá, ano 01, nº. 0, dez.1995.
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